Este refúgio na serra, para uma família residente no Rio de Janeiro, localiza-se na zona rural do município de Miguel Pereira, a noroeste da Reserva Biológica do Tinguá.
    A localidade encontra-se num ponto equidistante da capital a partir de dois caminhos: seja pela rodovia Presidente Dutra, passando por Japeri e Paty de Alferes; seja pela rodovia Washington Luiz, passando por Petrópolis e  Vale das Videiras.
    Esta condição permite que o deslocamento ao refúgio e o retorno ao Rio, tipicamente realizado no final de semana, possa se dar na forma de um circuito, através de uma volta na Reserva do Tinguá, com a ida por Japeri e o retorno por Petrópolis, ou vice-versa.
    O arranjo do programa se dá em torno de um espaço central. Com 6X6m, este espaço reúne a cozinha, a mesa de refeições e o estar. Ao seu redor e organizados em 12 módulos periféricos de 3X3m, estão dispostos os dormitórios, varandas, áreas de apoio e áreas vazias, espaços por sua vez conformados em uma planta quadrada de 12X12m.
    A planta constitui-se, portanto, de um exercício que busca conciliar compacidade e simetria, com um modo contingente de organização do programa e de relação com a paisagem. Resulta, enfim, um objeto que em seu aspecto formal expressa simultaneamente uma condição assimétrica e irregular, com uma centralidade que denota regularidade e simetria.

Miguel Pereira/RJ - Brasil
Projeto: 2022
Arquitetura: Gregório Rosenbusch, Laura Rosenbusch e Lorran Kasesky