Concebido como um refúgio do arquiteto, procurou-se com este projeto, desde esta condição, realizar algumas experiências construtivas, com o objetivo de conciliar diferentes desejos: de reduzir o custo de obra; de preservar a topografia existente; de elevar a construção do solo; e por fim, estabelecer uma relação espacial singular entre o interior e o entorno imediato.
A área disponível para a construção compreende uma topografia que define uma espécie de recinto semifechado, contido por taludes preexistentes que formam uma concavidade aberta a leste. Sobre o eixo leste-oeste, no centro deste "recinto", implanta-se a construção a 2,40 metros acima do nível de acesso ao terreno. Para isso, lança-se mão de uma estrutura mista: um par de fundações, colunas e vigas em concreto, constituindo uma base sobre a qual nasce um esqueleto leve em estrutura metálica, com perfis laminados e tubulares.
Para a construção dos pisos utilizou-se chapas de painel compensado de madeira e pré-moldados de concreto. Internamente, os painéis compensados constituem caixas enrijecidas e bi-apoiadas, com vão livre de 1,60 metro.
Por sua vez, para os pisos exteriores das varandas usaram-se painéis pré-moldados de concreto, destinado geralmente à execução de lajes conhecidas na região de Petrópolis como laje-painel (constituída destes pré moldados sobre o qual é derramado o concreto in-loco). Neste projeto os painéis de concreto são utilizados a seco, constituindo o piso como um deck. Para isso, dispusemos as peças de modo invertido, com a face acabada voltada para cima e as ferragens da treliça voltadas para baixo, contribuindo de tal maneira para os esforços de tração que agem nas peças. A construção de ambos os pisos, interno e externo, exigiu a realização de provas de carga em protótipos.
Em relação à cobertura, um viga metálica em perfil "I" deitado constitui ao calha central e, ao mesmo tempo, tem por objetivo tensionar uma série de barras chatas em aço sobre as quais se apoiam as telhas termo acústicas.
As fachadas laterais, voltadas para o norte e para o sul, são integralmente em vidro mediadas por varandas e uma delicada tela em aço, de modo que o interior se abre para os taludes próximos recobertos por vegetação espontânea. O vidro aqui permite que a interioridade do refúgio se expanda até os taludes e a vegetação próxima, como a tomar posse deste espaço. Deste modo, há um envolvimento entre interior e exterior que de diversas maneiras é sentido na experiência cotidiana da casa.
Petrópolis/RJ
Projeto: 2016
Obra: 2017
Arquitetura: Gregório Rosenbusch
Responsável pela obra: Gregório Rosenbusch
Estrutura: Ricardo Barelli (Teto engenharia)
Estrutura metálica: Joafer serralheria (José Antônio)
Compensado: Antônio Schneider
Fotografias: Federico Cairoli
A área disponível para a construção compreende uma topografia que define uma espécie de recinto semifechado, contido por taludes preexistentes que formam uma concavidade aberta a leste. Sobre o eixo leste-oeste, no centro deste "recinto", implanta-se a construção a 2,40 metros acima do nível de acesso ao terreno. Para isso, lança-se mão de uma estrutura mista: um par de fundações, colunas e vigas em concreto, constituindo uma base sobre a qual nasce um esqueleto leve em estrutura metálica, com perfis laminados e tubulares.
Para a construção dos pisos utilizou-se chapas de painel compensado de madeira e pré-moldados de concreto. Internamente, os painéis compensados constituem caixas enrijecidas e bi-apoiadas, com vão livre de 1,60 metro.
Por sua vez, para os pisos exteriores das varandas usaram-se painéis pré-moldados de concreto, destinado geralmente à execução de lajes conhecidas na região de Petrópolis como laje-painel (constituída destes pré moldados sobre o qual é derramado o concreto in-loco). Neste projeto os painéis de concreto são utilizados a seco, constituindo o piso como um deck. Para isso, dispusemos as peças de modo invertido, com a face acabada voltada para cima e as ferragens da treliça voltadas para baixo, contribuindo de tal maneira para os esforços de tração que agem nas peças. A construção de ambos os pisos, interno e externo, exigiu a realização de provas de carga em protótipos.
Em relação à cobertura, um viga metálica em perfil "I" deitado constitui ao calha central e, ao mesmo tempo, tem por objetivo tensionar uma série de barras chatas em aço sobre as quais se apoiam as telhas termo acústicas.
As fachadas laterais, voltadas para o norte e para o sul, são integralmente em vidro mediadas por varandas e uma delicada tela em aço, de modo que o interior se abre para os taludes próximos recobertos por vegetação espontânea. O vidro aqui permite que a interioridade do refúgio se expanda até os taludes e a vegetação próxima, como a tomar posse deste espaço. Deste modo, há um envolvimento entre interior e exterior que de diversas maneiras é sentido na experiência cotidiana da casa.
Petrópolis/RJ
Projeto: 2016
Obra: 2017
Arquitetura: Gregório Rosenbusch
Responsável pela obra: Gregório Rosenbusch
Estrutura: Ricardo Barelli (Teto engenharia)
Estrutura metálica: Joafer serralheria (José Antônio)
Compensado: Antônio Schneider
Fotografias: Federico Cairoli